Fechamos um ciclo, mas iniciamos uma história...
Foram muitos momentos de trocas, sorrisos, aprendizagens...
Agradeço à Itiane pela bela homenagem, agradeço por cada palavra, cada deleite...
... por tudo que me permite ser uma professora melhor para os meus alunos.

Os frutos que chegam...

Nesta semana homenageamos as crianças na EMEF Maria Quitéria. Para esta ocasião especial, separei um arsenal de resíduos secos para a preparação de jogos pedagógicos para a criançada.

Monta palavras com letras em cartinhas de caixa de leite

Monta palavras em caixas de ovo com sílabas

Chocalho do alfabeto

 Os alunos organizaram o material que recebem diariamente na escola. Encaminhamos os resíduos que a escola gera, como as garrafas de iogurte. Lancei algumas ideias envolvendo a escrita das palavras, diferenciação entre vogal e consoante, ampliação do vocabulário e outras... e os alunos do 4º ano aceitaram o desafio de montar os jogos, criando o conteúdo dos mesmos e as regras.

Não foi fácil gerenciar mais de 20 alunos em 4 grupos que tinham tarefas distintas que se complementavam... valorizando os talentos de cada um e estimulando o potencial deles, vi uma aparente bagunça virar materiais coloridos e educativos.

Na próxima semana levaremos os jogos produzidos para que os alunos dos 4ºs anos para a turma de Nível 5, 1ºs e 2ºs anos da escola. É uma forma de valorizar o que os "grandes" da escola já aprenderam e de mostrar para as colegas um pouco do que aprendi no Pró-Letramento.

A Literatura Gaúcha na sala de aula

Foi uma semana muito intensa.
Para uma carioca, levar para sala de aula o melhor do gaúcho não foi tarefa nada fácil.
Levei a história, os costumes, as roupas, comidas...  e não faltou o chimarrão... parecia até aula do pró-letramento... As palavras dançaram pela sala com o chimarrão contornando os caminhos.

Além de tudo investi muito na música gaúcha nesta semana, não apenas o que é do tradicionalismo esteve na minha sala, mas as bandas de rock gaúcho que tanto o meu marido (gaúcho) preza. Os alunos adoraram ouvir dos clássicos ao mais moderno do gaúcho.

Mas não poderia deixar faltar a literatura, que ganhou uma atenção toda especial.
Falei de Érico Veríssimo, de Mário Quintana, de Simões Lopes Neto... e o ponto alto esteve com a bela história que Carlos Urbim colocou em um livro. "O Negrinho do Pastoreio e outras Lendas Gaúchas" emocionou meus alunos que acompanharam atentos os sofrimentos do menino.
Semana que vem levarei poemas de Mário Quintana para continuar esta caminhada.

Não sou gaúcha, mas me identifico muito com todos daqui. Estou em casa nesta terra e agradeço a todos pela acolhida.

Em busca da boa convivência

Todo ser humano que se preze vive em busca daquilo que o mesmo entende por felicidade. Diante das diferentes dimensões que assumimos em nossas vidas, temos a difícil tarefa de encontrar e sustentar os caminhos que nos permitem desenvolver o melhor de nós mesmos todos os dias. Muitas são as possibilidades que promovem o nosso crescimento, porém dificilmente avançaremos nesta tarefa se desprezarmos um horizonte onde exista o equilíbrio entre os prazeres que prenchem a individualidade, as conquistas das nossas escolhas e a vivência da comunhão com a nossa divindade expressa em pequenos atos do dia a dia.

Nossa existência tem uma importância para os que nos rodeiam que está além do que conseguimos mensurar. Todos os dias influenciamos e somos influenciados por diversas pessoas, cada uma delas deixa sua marca em nós ao mesmo tempo em que recebe um pouco da energia que enviamos. Nesse sentido, carregar a responsabilidade por todas as influências que emitimos ao longo de nossa caminhada diária, independente da intenção que guiou nossos passos, é compreender que a razão que nos justifica é menor do que a necessidade que o outro tem daquilo que a nossa posição nos permite oferecer.

Vivemos, portanto, das trocas que realizamos no cotidiano. Nos alimentamos pela convivência. Nesse jogo de oferecer e receber do outro, podemos aprender a controlar os danos do que recebemos, mas precisamos nos empenhar no desenvolvimento da arte de espalhar no mundo somente o que facilite a boa convivência. Para minimizarmos os efeitos do preconceito, da intolerância e da ignorância, é preciso basear nossos pensamentos, palavras e ações na cordialidade, na delicadeza, na ternura, no sorriso e principalmente no respeito.

Para a nossa realização é imperativa a consideração pelos sentimentos dos outros, valorizando e estimulando os talentos e as potências de todos que cruzarem nosso percurso. Que cada passo nosso seja tal qual desejamos que sejam os passos do outro em nossa direção, na medida em que superamos nossos maus hábitos e construímos os tesouros que teremos para compartilhar.

E assim, seguindo a vida cientes de que tudo pode mudar em um instante, vamos apurando nossa capacidade de perceber o caminho que nos levará para a felicidade. Encontrados os caminhos, escolhamos os passos que nos permitirem seguir com coerência e comprometimento as curvas e desvios que surgirão. Na dança das nossas relações cotidianas, no fim das contas, não precisamos sempre ter razão, pois melhor mesmo é amar e ser feliz.

Meu dia sem o Pró

Não foi o meu primeiro dia sem o Pró. Semanas antes nossa tutora já havia se bandeado para Santa Maria. Naquela ocasião, encaminhei equivocadamente a minha carona para a prefeitura... Freud explica o ato falho. Desta vez, já havia me preparado psicologicamente para não cometer o mesmo erro.

Pequenos entraves foram surgindo ao longo do dia, que, um a um, foram sendo superados com dedicação e bom humor. Mas depois de 3 turnos de trabalho, alunos estagnados, um ônibus com itinerário desconhecido, filho impertinente e filho displicente, chuva contínua... nenhum bom humor sobrevive.

Acho que faltou aquele momento pela manhã, onde lançamos nossas angústias para colhermos um sopro de esperança. Faltaram os risos sérios e as experiências vivas que nos fazem lembrar que há um sol por trás das nuvens acinzentadas e que depois que a chuva passar o que fica é a possibilidade do tempo mudar. Pode mudar o tempo e podemos mudar nós.

Profª Daniela Menezes - EMEF Maria Quitéria

Saboreando palavras alheias

No último encontro (2/08/11) tivemos nosso reencontro depois do recesso escolar.
Interrompemos em duas semanas nossos encontros tão preciosos, ali temos a oportunidade de aliviar as angústias diárias que tanto assolam as professoras e professores comprometidos com uma educação de qualidade.
Além da rotina prazerosa que temos, recheada de conversas, leituras e afins... tivemos um encontro especialmente preparado para pré-Santa Maria (ficaremos mais uma semana em recesso, pois nossa tutora vai se preparar para a reta final), nele levamos nossas memórias literárias.
Puro ouro!
Começamos com nossa poetisa de plantão, um verdadeiro deleite... nem parecia tema de casa! Nos saboreamos com cada palavra, seguindo os passos das colegas no maravilhoso mundo das letras.
Se o objetivo primeiro era aguçar nosso potencial gosto pelas palavras - lidas, escritas e sentidas - certamente este foi um belo passo nesta direção.

Que venham os próximos fascículos!!

Cursista: Profª Daniela Menezes - EMEF Maria Quitéria